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Mostrando postagens de dezembro, 2022

Solidão

 A inspiração aparece do nada! Há um momento... E depois desaparece. A solidão permanece. O que está cá, fica cá. Apenas acrescenta mais vazio. E assim ficamos. Sós. No meio da multidão de pessoas, de afazeres, de deveres. E nada mais acontece. Recolhes-te no mundo infeliz e triste que acompanha o teu coração. Aí ficas. Sais? Dificilmente. O sorriso e a gargalhada pública nada têm de teu... Têm muito dos outros que a gostam de ouvir. Dizes as coisas certas e, para eles, és feliz e cheia de vida. Apagas-te de um mapa de gente. Ficas à deriva. Com palavras singelas. Choras muito sem razão aparente. Tens um alfinete gigante que se espeta no teu peito... É a tristeza a instalar-se... Como uma vacina. Entretanto, já encheste ribeiras com lágrimas. Mas tu ficas seca. E nem uma mais consegues libertar. Ficas ali. O aperto no peito. O alfinete. E a solidão é tão maior que o mundo. Qualquer respiração fora do ritmo te exalta e te leva ao desespero. E por mais que fales, sentes que ninguém te ho