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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Para ti, Ricardo

Já fez um ano desde a última vez que aqui escrevi. Porquê? Não sei. Talvez por estar descrente. O que me traz de novo é precisamente a minha descrença. As lágrimas que me correm no rosto não servem de nada, apenas atenuam os meus pensamentos. As injustiças da vida, tão pequena e tão forte. Hoje, parte para o além o Ricardo. Um menino de apenas 5 meses. Nasceu de um amor profundo, de uma maratona infindável de tentativas. E hoje, foi a sua partida final. Jogou todos os jogos que o mundo lhe trouxe em apenas 5 meses. Jogou o amor de uma mãe que hoje se sente vazia! Sim. Eu dormi agarrada ao meu filho lembrando-me que a minha grande amiga estava a velar o seu filho numa capela. Ninguém merece isto. Ninguém merece passar por este sofrimento danado. Se nós, amigos destes pais estamos destroçados, sem compreender tudo isto, como estarão eles? Teremos o direito de nos sentir injustiçados com as coisas que nos correm menos bem? Quem somos nós afinal? O que fazemos aqui? São as perguntas qu