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Mostrando postagens de março, 2015

Sol e brilho

Porque o sol brilha e as nuvens se afastam no horizonte, parece que a vida deixa de ser dura. Fica leve, mas carregada de trabalhos. Quando cheguei da viagem rápida que fiz de 25 kms, senti a casa pesada. Houvesse janelas na minha alma e todas se teriam manifestado alegremente, batendo as portadas como de palmas se tratasse. Nem todas as frases fazem sentido, mas continuo a querer entender o porquê de um raio de sol alterar tanto o estado de espírito dos seres humanos. Isso, e o facto de grande parte dos meus conhecidos estarem em pausa. Modo este, estranho, de ficar suspenso, mas cheio de tralha para averiguar. Lá fora os carros não são tantos como em outros dias. A sombra de quem tem uma janela para nascente apodera-se da minha sala. Não sei o quanto esta sombra me alimenta, mas sei que está aqui. Pena não ter janela para poente. Sei lá, trago em mim uma saudade de não estar só.  Brilha, sol de primavera tímida. Parece que vais parecer verão daqui a uns dias. Assim espero. Ou e

Poesia e primavera, chegam e enchem o coração.

Adoro muitos, mais do que os que me lembro, mas estes dois, são alguns dos que me acompanham sempre. Feliz dia, cheio de primaveril poesia. AUTOPSICOGRAFIA O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Fernando Pessoa  Para vivir no quiero islas, palacios, torres. ¡Qué alegría más alta: vivir en los pronombres!  Quítate ya los trajes, las señas, los retratos; yo no te quiero así, disfrazada de otra, hija siempre de algo. Te quiero pura, libre, irreductible: tú. Sé que cuando te llame entre todas las gentes del mundo, sólo tú serás tú. Y cuando me preguntes quién es el que te llama, el que te quiere suya, enterraré los nombres, los rótulos, la histori

Para todos eles

Hoje é o dia.  Não tenho tido noites boas, simplesmente porque ao meu lado, na minha cama, dorme um. Tem tido tosses terríveis, não tem estado nos seus melhores dias. Esta gripe tem sido devastadora. Contudo, o ser que lhe atribui a essência de ser um deles, também tem partlhado o nosso leito.  E que felizes somos os três! E que triste fico quando penso neles, naqueles que não podem, por uma razão ou por outra ter este momento de sentir o calor carnal do seu ser.  A essência, essa está cá. Já os viram, já os sentiram e por tudo isso, sabem o que é. Sabem o que sentem. Sabem aquilo que partilham, que partilharam.  Tenho amigos que o são, outros que se preparam para o ser. Mas, tenho a sorte de ter muitos amigos. No rol dos muitos há um que hoje sofre de maneira particular. A ti, Pai de um filho que não está entre nós, Pai de um filho que te conheceu, te sorriu, e te amou à sua maneira de anjo particular, Pai de um ser especial que tinha a missão de te dar a conhecer a essênci