Normalidade?
O mar que te serve de alento, retira-me o fôlego. Levo nas marés vazias da minha alma a ausência dos sentimentos mais profundos. Cada vez que a janela se abre para o campo da noite, as estrelas que se elevam neste céu negro, brilham a cada momento mais, mais e mais. É indiferente a divergência de opinião se o que queres é estar. É indiferente a ausência física, se o que queres é gostar de sentir. Não queres seguir como ET levado em bicicletas mágicas. Queres seguir o caminho, caminhando com os teus pés, tendo a realidade como lição de vida. Queres seguir como pastor que sobe a serra e vê, ao longe, o campo de erva fresca. Aprendes a retirar das derrotas as tuas vitórias. Mas, quando perdes o brilho no teu olhar e quando o sorriso não te sai da alma, percebes. Estás só. Perdeste. Ficaste aqui. Limparam-te as entranhas. Mas estás só. Vazia no ventre e na alma.