Sei lá
Porque os dedos que percorrem este meu corpo atormentam a minha imaginação. Os laços estreitos que perdemos com o passar dos dias, trazem em si a saudade. Esta linda e louca ideia de nos encontrarmos onde o céu começa e a terra acaba. O paraíso perdido no tempo, na ideia de que algo de mágico acontece com este beijo quente. Não há a dúvida em mim. Os lábios tórridos, secos pela ansiedade de se tocarem, movem-se lentamente neste ondular calmo de mar flat, sem ondas. No marulhar das pequenas espumas quentes, esconde-se o desejo mais profundo de se receberem nos braços um do outro. Nada se diz. Criar um refúgio no silêncio é sempre melhor que se aprisionar nas palavras. A barriga flácida e estriada pelas manhãs loucas de dois sorrisos únicos, está lá, como marca da vida. Não serve para afastar, apenas marca com a realidade. Quem ama, compreende os defeitos e aceita-os. Quem ama, aproveita as virtudes e absorve-as sem medos. Não é todos os dias que se passa entre os de