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Mostrando postagens de setembro, 2019

Viagem

É por agora o meu retiro. Quatro pneus que rolam estrada fora. Naquele espaço reduzido de vida, sigo. Conduzo-me por entre as linhas da autoestrada e levo no pensamento tantas coisas. É ali, diante de um volante, olhando não raras vezes os ponteiros da velocidade e do combustível, que sigo esta nova jornada de ideias. Queria tanto ter um aparelho que me lesse os pensamentos! É ali, que me surgem as mais belas frases. As mais belas ideias. Os mais belos poemas. Mas ali ficam, presos na minha cabeça, na gaveta que depois não volta a abrir. São frases perfeitas, perfeitas mesmo. Cheias de significados e misturadas com as mais belas figuras de retórica. Até me espanto com elas de tão perfeitas... por isso desaparecem logo de seguida. Quem me dera, quem me dera ter forma de as guardar em mim para as colocar no papel ou neste texto! Qual ar que entra pela janela com a deslocação do carro, saem por aí mesmo, livres, levadas pelo vento, tal como dizia o outro. Fico triste. Não tenho a

Hoje

Hoje, como ontem, falaste. Falaste sem saber, sem conhecer. Conheceste apenas aquilo que a tua imaginação te deu. Deste apenas aquilo que julgaste. Julgaste, sim, julgaste. Porque não sabes e queres saber. Porque não tens coragem de viver a tua vida como queres. Porque ignoras saber a realidade. Porque, simplesmente, pensaste. Achaste. Achaste a ideia perdida na tua mente pequena e desenvolveste, junto com muita imaginação, a tua teoria absurda, de que a minha vida era o que te interessava mais. Que pena! Que pena eu tenho da tua pequenez de alma. Que pena eu tenho da tua cabeça tacanha, onde o cérebro não dá mais que as aparências absurdas que queres dar ao mundo. Presunção de uma vidinha perfeita, lá, onde Judas além das botas, perdeu também as meias. Foste porque quiseste. Emburreceste, porque quiseste. Diminuiste a tua boa vontade, porque assim escolheste. Sabes, minha linda, não é a imaginar o que se passa com os outros que se mostra preocupação. Com a imaginação